quinta-feira, 25 de setembro de 2008

LADAINHA LAURETANA - Mãe de Jesus Cristo


Contemplamos com essa avocação Maria como Mãe de Cristo, e por essa via a ação de Jesus sobre a Terra.

Maria é Mãe de Cristo, Nosso Profeta. Ele veio ao mundo anunciar a Boa-Nova, e não havia uma vez sequer que Se pronunciasse que não fosse para tratar dos caminhos para a Salvação, que Ele, como Deus, veio para trazer-nos. Houve mesmo entre os judeus quem o reconhecesse como profeta: “Este é mesmo o profeta que devia vir ao mundo” (Jo 6, 14). As coisas que ensinava foram para todos, pois havia ordenado aos apóstolos "Ide e ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28, 19).

Maria é Mãe de Cristo, Nosso Rei. Rei de um Reino que não é deste mundo, assim como disse a Pilatos. A Igreja por Ele estabelecida haverá de durar até o fim dos tempos, sem que os portões do inferno sobre ela prevaleçam. É então nosso dever agir na Esperança desse Reino, (uma Esperança não só “informativa”, mas “perfomativa”, como nos ensina o Santo Padre Bento XVI, na Encíclica Spe Salvi) como súditos desse Rei.

Maria é Mãe de Cristo, Nosso Sumo Sacerdote. Nosso Sacerdote, que também enquanto vítima ofereceu a si mesmo pela expiação de nossos pecados. Ele continua a Si entregar diariamente por nós na Missa, de forma incruenta, pelas mãos do padre (In Persona Christi). E assim será enquanto durar sua Igreja, ou seja, até o fim dos tempos.

Na Missa segundo o chamado Rito Tridentino (forma extraordinária do Rito Romano), orações são proclamadas em três línguas: o grego, o latim e o hebraico; assim como nessas três línguas estava escrita a sentença de Jesus no alto da cruz. O grego é referente à ação de Cristo como Profeta, pois o grego era, em seu tempo, a língua tida por “universal”, algo como o inglês é dito ser hoje; O latim era a língua do Império Romano e, portanto, referente à ação de Cristo como Rei, pois é a língua dos súditos, ou cidadãos do Império; E o hebraico era a língua utilizada para a oração pelos judeus, contemplando assim à ação de Cristo como Sacerdote. É talvez justo, realmente, que a língua que mais ocupe espaço na liturgia seja o latim, pois sendo Jesus Rei exerce soberania sobre o restante, a língua que melhor expressa isso deveria ser a mais presente. Alguém poderia questionar se não seria assim o poder temporal superior ao espiritual, mas basta recordar que o Reino de Cristo é propriamente espiritual, portanto não há contradição.

Um comentário:

Anônimo disse...

VIRGO MARIA, MATER DEI, ORA IESU MIHI