terça-feira, 30 de setembro de 2008

Menos de mil e mal pagos



















Eram menos de mil e mal pagos
Os que acima ao centro pisaram,
As terras de um Novo Mundo amado,
Protegidos por ferro, fogo e cruz.

Nas escadarias jorrava sangue e descia,
Rolava mais um corpo de guerreiro que perdia
Seu coração ofertado ao sol
E sua vida contra noite dada.

Mas a noite não descansa,
Vinha sempre, e sempre escura,
Só por lua e estrelas respingadas
Iluminando tão maldita bravura.

Cem mil eram os grandes,
Os que ao sol adoravam.

Menos de mil e mal pagos
Os que acima ao centro pisaram.

Numerosos, mas dispares,
Os que um a um o coração perdiam.
Infelizes com os grandes ficaram,
E nessa luta, forças aos de corpo férreo juntaram.

Não foi de fogo a vitória,
Nem de ferro a defesa,
Bastou estratégia,
E o rancor de um povo massacrado.

Isso sem desprezar,
A bravura d’o mar cortar,
E não temer peleja sob olhar,
De tão doce Grand Guadalupana!


Por
Gustavo V. Andrade

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