quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A saudade e a dor da morte e da partida

Para os que sabem sofrer por amor a Deus a saudade que nos ofertam os que não perto estão é grande presente e a serenidade dos que a sentem é gratidão. A perda é sempre um tanto morte; é costume dizer que os que nos cercam “fazem parte de nossas vidas”, da vida, seja toda ou seja parte, perder é sempre morte, e então que se um amado parte morremos um pouco nós. A dor da perda é egoísta e por isso muito humana. Não choramos na verdade pelo outro, mas pelo outro não estar conosco. As lágrimas nos pesam e vencem nossas consciências, nosso raso entendimento dos desígnios divinos. Queremos o outro que faz parte de nossa vida, queremos o outro que é nossa parte. Melhor seria compreendermos os caminhos que seguimos em sua completude e não precisarmos sofrer (alto estado seria esse de perfeição), mas o natural é que sejamos fracos, a saudade, então, que nos aperta o coração, essa nossa pequena morte, soframos pela Vida, por Nosso Redentor.

Essa mensagem dedico a meus tios e meu avô.
Réquiem aetérnam dona eis, Dómine: et lux perpétua lúceat eis.

Por
Gustavo V. de Andrade

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